segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Lembranças do ano que o mundo acabou


Lembranças do ano que o mundo acabou
 
PDF 527
 


 

Déficits orçamentários e roubos na previdência; precatórios esquecidos e rios de dinheiro descobertos. Imigrantes atravessando fronteiras, e fugindo da polícia. Atentados terroristas e conflitos religiosos. Barreiras de dejetos minerais que se espraiam por um rio. Surgem lembranças do ano que o mundo acabou.

 

2012 – O ano que o mundo acabou*

Profecias, Civilização Maia, Hercóbulos, Nibiru. Um asteroide passando pela órbita do planeta, cruzando a trajetória da Terra no espaço. Fotos foram tiradas em diversos pontos da Terra, asteroides foram vistos, foram perdidos de vista durante décadas e depois reencontrados novamente.

O mundo caminha para uma globalização, unificadora, generalizada. Cria condições e regras, normatiza produtos e procedimentos. Muda tudo, padroniza-se tudo, ISO, isto e aquilo.

A Igreja Católica comemora 50 anos do Concílio do Vaticano II, faz uma revisão do concílio, e propõe um movimento ecumênico. 

Steve Jobs deixou seu legado, popularizou o uso dos computadores, passando dos anos mil, mas ainda não passamos dos dois mil. E não esperou pelo ano 2012, foi fazer sua computação in cloud, (nas nuvens). Logo após o seu falecimento, suas fotos em capas de revistas lembraram as profecias apocalípticas. Civilizações começaram as margens de rios ou entre rios, na Mesopotâmia, e no vale do Rio Nilo. Hoje vive em função do Vale do Silício.

A internet quebra a barreira das distancias, e aproxima as pessoas. O movimento Occupy iniciado em 2011, com a Primavera Árabe, o povo ocupa as ruas e praças do mundo. Os movimentos anti-homofobias e antirracismo. Grupos saíram em defesa dos palestinos. O mundo acabou mesmo, não é mais o mesmo. 

Só nos resta a acreditar que 2012 seria um código descrito pelos Maias: dois – zero - um - dois. Um código sequencial. Tal como uma aposta usando uma moeda, de cara ou coroa. Enquanto a moeda gira seria o ponto zero e quando ela para de girar o resultado é um ou dois.

Tal como em um computador que a grandes velocidades opera com sim e não, A vida, o universo gira em torno do sim e do não, do claro e do escuro, da vida ou da morte, da existência e da não existência. 

Continuamos com algumas dúvidas, as mesmas dúvidas: Em que ponto estamos? Em que ponto está a civilização? Em que ponto está o planeta e em que ponto está o Universo, o nosso universo. 

E uma certeza, continua, o mundo um dia vai acabar. Uma energia vai prevalecer, no físico ou no invisível. Para cada um, para um grupo, para uma sociedade, ou para uma civilização.

(*) Publicado em Informática em Revista | Janeiro/2013

 

O Mundo Acabou**

Muitas brincadeiras, gozações e comemorações aguardando El gran finale del mundo. Chegou-se a dizer que tal evento teria sido cancelado, já que Natal/RN não suportaria a grandiosidade do evento, que a cidade não tinha estrutura física e logística para sediar um evento deste porte. 

Todos aguardavam ansiosamente o fim do mundo, com muita despreocupação e animação. Mas e se acabasse? O que faríamos? Nas ruas, houve rumores de tremores de terra, que parecem ter sido registrados no interior do estado.  E se acaso o esperado chegasse, se acontecesse como todos imaginavam? Com certeza ficaríamos como é dito no popular, “igual a baratas tontas”, sem saber o que fazer e sem saber para onde ir. Ficaríamos correndo de um lado para o outro até não poder mais. Até sermos impedidos de caminhar ou incapazes de se movimentar, rezando, e talvez murmurando ao companheiro ao lado, ‘é desta vez acabou mesmo’.

Não foi nenhuma agencia de notícias noticiosas que começou com esta história, a ideia de término do mundo. Foi nas pesquisas sobre a civilização Maia e seu calendário, que começaram com a história. Uma civilização que pouco se sabe, e agora os Maias perderam uma credibilidade que nunca tiveram. Os espanhóis, os exploraram no passado. Mas será que os Maias fizeram mesmo esta previsão? Será que haveria uma destruição física? O medo, o temor, permanece. È mais provável que tenha sido um erro de interpretação, se é que houve um erro. Entenderam os números do calendário como uma data e o significado seria outro. Quem sabe uma mudança de polaridade no mundo (Bipolaridade do Mundo: Jornal de HOJE, em 03/09/2012). Convivemos no nosso dia a dia com a corrente elétrica, que é uma energia alternada, tanto faz a posição da tomada conectada, o aparelho funciona.  

Um asteroide enorme estava previsto passar pela órbita terrestre, um alinhamento de planetas também. Todos esperavam uma destruição física, palpável, visível, percebível, pragmática, e cientificamente comprovada. Já que não foi no visível pode ter sido no invisível. Há mais mistérios entre o céu e a terra do que possamos imaginar na nossa vã filosofia (W.S.)

Não teremos nunca como saber e nem como comprovar se houve mudanças, alterações, modificações nos nossos comportamentos e em nossos pensamentos. Se houve mudanças, talvez tenhamos mudado a tal ponto que nem será possível perceber que mudamos, pois se mudamos estamos mudados no contexto geral. Talvez um dia assistindo um filme antigo, olhando os pertences do passado possamos observar e nos surpreender, mas como éramos diferentes ...

Para nós que aparentemente continuamos por aqui, nos declaramos, nos percebemos e nos sentimos vivos, o mundo continua, mas para muitos, ele acabou mesmo. Será...?

23/12/2012

 

(**) Publicado no Jornal de HOJE | Natal/RN em24/12/12

 

O ano que o mundo acabou***

Profecias, a Civilização Maia, o Hercóbulos previsto por Rabolu, o Nibiru. Um asteroide passando pela órbita terrestre, cruzando a trajetória da Terra no espaço. Fotos foram tiradas em diversos pontos da Terra, asteroides foram vistos, foram perdidos de vista durante décadas e depois reencontrados novamente. Ocorreu um boato que a NASA sabia da colisão da Terra com algo no espaço, mas ela não confirmava. Na internet, em 2012, ‘correu’ uma notícia, de um tsunami passando próximo ao Arquipélago de Fernando de Noronha, no litoral nordestino brasileiro. Tremores de terra aconteceram no interior do RN e de MG. Seca no Nordeste e alagamento no Sul. Blackout em diversas regiões do país — tido como o enorme potencial hidrelétrico. A matriz energética do RN procura aumentar cada vez mais.

O século XX foi breve, durou de 1914 a 1991 e foi dividido entre duas Eras, a da Catástrofe e a de Ouro e depois desmoronou (Eric Hobsbawm, 1998). O século XXI, já começou e rápido demais. A Igreja Católica comemorou 50 anos (2012) do Concílio do Vaticano II, faz uma revisão do concílio, e propõe um movimento ecumênico. 

A linha do Equador dividiu o globo terrestre em hemisférios, o Norte e Sul. O Tratado de Tordesilhas (sec. XV) dividiu o mundo conhecido até aquele momento em duas metades, entre Portugal e Espanha. O meridiano de Greewitch (sec XIX) dividiu o mundo em leste e oeste. O mundo foi dividido politicamente em oriente e ocidente (sec. XX).  

Depois de todo esquadrinhado e mapeado por longitudes e latitudes, o mundo caminha para uma globalização, unificadora, generalizada. Cria condições e regras, normatiza produtos e procedimentos. Muda tudo, padroniza-se tudo, ISO, isto e aquilo — gerencia a qualidade com o ISO 9001-2008, conquistando mercados e melhorando as eficácias, tornando tudo e todos eficientes O mundo se prepara para receber qualquer um em qualquer lugar, seguindo a normatização do país hegemônico, a única superpotência que sobrou da guerra fria. 

Vivenciamos a queda do muro de Berlin, a Alemanha se unificou. O sistema de televisão transmitiu ao vivo, em 2001, o ataque às torres gêmeas, um símbolo capitalista no território americano — Word Trade Center. 2001 o ano conhecido como da odisseia no espaço, e foi do espaço aéreo que veio a tragédia. O mundo era dividido entre duas grandes potencias — USA e URSS. Agora apenas uma prevalece, padrões, regras e parâmetros seguem um norteamento americanizado.

O Brasil elegeu um presidente com eleições diretas, e o mesmo saiu por impeachment. Depois veio um representante da classe do povo, operário, e do partido dos trabalhadores. Mulheres assumiram governos municipais, estaduais e a presidência, ocuparam altas patentes na Marinha do Brasil.

Steve Jobs deixou seu legado, popularizou o uso dos computadores, quando tínhamos passando dos mil, mas ainda não havíamos passado dos dois mil. E não esperou pelo ano 2012, foi fazer sua computação nas nuvens (in cloud), logo após o seu falecimento, suas fotos em capas de revistas lembraram as profecias apocalípticas, Steve Jobs envolto em nuvens, sentado nas nuvens. 

A internet quebrou a barreira das distancias, e aproximou as pessoas. O movimento Occupy iniciado em 2011, com a Primavera Árabe, o povo ocupou as ruas e praças do mundo. Os movimentos anti-homofobias e antirracismo. Grupos saíram em defesa dos palestinos. O mundo acabou mesmo, não é mais o mesmo. 

Só nos resta a acreditar que 2012 seria um código entendido e descrito pelos Maias: dois – zero - um - dois. Um código sequencial. Tal como uma aposta usando uma moeda, de cara ou coroa. Enquanto a moeda gira seria o ponto zero e quando ela para de girar o resultado é um ou dois, é cara ou coroa. É do povo ou do rei, dos governados ou dos governantes. O ponto da virada de Malcolm Gradwell, “Veja o mundo à sua volta... com um leve empurrãozinho, ele se desequilibra” (Kirkpatrick, 2011).

Tal como em um computador que a grandes velocidades opera com sim e não. A vida, o universo gira em torno do sim e do não, do claro e do escuro, do dia e da noite, do quente e do frio, da vida ou da morte, da existência e da não existência. Do visível e do invisível. Os opostos o yin e o yang. O positivo (+) e o negativo (-) da energia elétrica

O movimento circular dos astros e dos átomos, o círculo de ideias. Estamos longe de conhecer todos os agentes ocultos na Natureza. Ainda não conhecemos todas as propriedades da energia elétrica (Allan Kardec em O livro dos Espíritos).  Albert Einsten provou através de sua fórmula [E= mc2] que em se aumentando a velocidade e chegando próximo da velocidade da luz, diminui a massa de um corpo, tendendo a transformar-se em energia. A literatura de Fritjof Capra vem mudando o paradigma unindo, fazendo, um paralelo da física moderna e o misticismo oriental.

Caso a resposta seja esta [zero, um, dois], uma resposta ao enigma, ás previsões Maias. Continuamos com algumas dúvidas, as mesmas dúvidas: Em que ponto se está, ou estamos? Em que ponto está a civilização? Em que ponto está o planeta e em que ponto está o Universo, o nosso universo. Estaremos no um? No dois? Ou no zero?

E uma certeza continua. O mundo um dia vai acabar. Uma força, uma energia vai prevalecer, no físico ou no invisível. Para um indivíduo, para um grupo, para uma nação ou para uma sociedade. 

 

(***) Publicado em O Mossoroense | Mossoró/RN em 10/01/13

 

 

Lembranças do ano que o mundo acabou
 
PDF 527
 


 
Texto publicado em:


 
Em 16/11/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural
 
Maracajá
 
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Cleptocracia Condominial


Cleptocracia Condominial*

PDF 491


Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência
* This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental
* Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidencia

 

Aluizo e Merença, costumavam surripiar pequenos objetos das ruas e da vizinhança. E começaram a surrupiar jornais e revistas do vizinho, para concluir uma pesquisa. Queriam definir o regime de administração do seu reino. Pesquisaram e pesquisaram. E optaram por um regime pouco conhecido, uma cleptocracia, pois tinham mais experiência. Quem vivesse nas terras de seus reinados tinham que acatar decisões de administrações e subtrações. Os fornecedores de serviços públicos seriam os primeiros a sofrer taxações nas exportações para o reino. Tudo que ultrapassasse o muro teria uma taxação na forma de subtração, esta era a lei.

Viviam em um regime de cleptocracia, era o regime que implantavam em seu condomínio. Implantavam o regime nas casas de sua propriedade, facilitando suas entradas e saídas nas casas nas ausências dos locatários. Não estava definido o valor permitido a ser subtraído, ou melhor a quantidade de bens, produtos e utensílios que eram subtraídos na ausência dos moradores.

Acabaram por estender seu reino a casas distantes. Casas que frequentavam além de seu reino também eram taxadas.

 

* Esta é uma história de ficção. Qualquer semelhança com casos ou pessoas terá sido mera coincidência

* This is a fictional story. Any resemblance to actual cases or persons is entirely coincidental

* Esta es una historia de ficción. Cualquier parecido con casos reales o personas es mera coincidencia

 

25/09/215

 

Alguns textos de Aluizo e Merença

 
 

 

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Amarelos QAP/QSL/QTA


 


Amarelos QAP/QSL/QTA

 PDF 465

 
 
 
Há um tipo de fazenda em chamboques e modelos padrões, onde predomina a cor amarela, com tendência a cor de jerimum. E além de um uso doméstico, este catoco de tecido está sempre associado o seu uso, nas ruas, praças e avenidas, cigarreiras e bibocas. A flanela já foi por muito tempo o instrumento de trabalho do engraxate, que depois de muito uso e reuso, perdia suas tonalidades de cores amarelas e de jerimuns, adquiria as cores de sapatos engraxados e lustrados. Os engraxates trabalhavam agachados diante dos seus clientes manicacas, os possuidores de bons calçados, com portes ilustrados, que retribuíam o serviço com alguns centavos. Poucos eram os engraxates que trabalhavam em locais melhorados, muitos construíam sua caixa de engraxate com madeiras reaproveitadas do final da feira. E com uma escova de sapato, e um pouco de graxa, saiam batendo na caixa, e na latinha, atraindo os clientes para ganhar uma laminha.

A função dos engraxates encontrados pelas ruas e praças da cidade, aos poucos foi se extinguindo, com a popularização do uso de tênis, papetes e sapatilhas, que não precisam de lustro e de graxa. Mas o pano amarelo e suado, agora distiorado, continuou pelas ruas da cidade, foi parar nas mãos de uma outra categoria de profissionais remunerados com alguns centavos. Continuou nas ruas, e ficou nas mãos de guardadores de carros, guardadores não regulamentados, que foram denominados popularmente de flanelinhas, também conhecido como pastorador de carro, que utilizam do catoco, para sinalizar manobras, e limpar os carros parados ou estacionados. Carros amarrados nas portas tal como cavalos e jegues no passado.

Flanelinhas trabalham por centavos na função de pastorar os carros caningados, de muitos motoristas abestados, exibindo supostas condições de engraxados e ilustrados, uns abilolados e amostrados, querendo ser aprumado. Com estacionamentos privatizados ou regulamentados, os denominados de flanelinhas pastoradores tendem a se extinguir, perdendo seus tempos de lustros e glorias, tal como os engraxates. Baterão então suas caixas em outros lugares, em um novo empreendimento arrretado; em uma outra nova lapada.

A cor amarela é a cor básica das regras das ruas, uma cor para chamar atenção de motoristas, antes de um erro imprudente ou um perigo eminente. Semáforos ou sinaleiras e até farol e sinal, indicam esta cor antes do verde ou do encarnado, para chamar atenção aos próximos movimentos a serem engatados. O sinal verde ou vermelho, com a interseção do amarelo também vale para os pedestres em suas travessias sobre faixas pintadas, de ruas e avenidas. Nas ruas existem simbologias de cores e formas, delimitando espaços e preferencias escalonadas. Dentro de poucos minutos ou segundos a cor amarela, apaga e dá a vez para outras cores. Apenas sinaliza um QAP.

Nas frutas, a cor pode ser um sinal que está pronta para ser colhida. Primeiro a fruta fica verde, depois amarela, avisando que a próxima coloração pode ser um risco vermelho para ingerir, ou colocar na panela. O amarelo é uma cor transitória, limite de tempos e espaços.

Entre a rua e a calçada, a cor amarela está presente, com uma faixa, para limitar os espaços de veículos e pedestres, a faixa transitória entre os meios. Meio fio pintado de amarelo, também indica um respeito e coerência ao pedestre, que tem como limite a calçada, como seu espaço protegido e determinado. A faixa amarela e continua, indica que não se pode estacionar. As faixas pintadas na beirada das calçadas também sinalizam ao deficiente visual, um eminente perigo de um degrau, e o lugar onde circulam veículos, por um piso táctil de cor amarela, com uns pitocos por cima da cerâmica. Cores e formas para diferentes usuários. Para que o deficiente visual não se machuque, ou não se atrapalhe, não deve haver veículos à frente, junto da faixa continua amarela, ou ao longo do piso táctil.

E o amarelo circula pelas ruas. Dai a razão de a grande parte dos tratores terem a cor amarela, para chamar atenção de quem está próximo de uma máquina em movimento: forte, potente e lento. Uma famosa marca de cavalos mecânicos, que puxam carretas, também tem a cor de jerimum, uma cor para chamar a atenção, tal como um extintor de incêndio tem a cor avermelhada, uma forma de acudir os desesperados. Bombeiros e ambulâncias vermelhas, vão em busca de salvar vidas.

Carros vermelhos e amarelos, chamam a atenção em uma frota de carros circulando nas ruas, com cores variando do branco ao preto, com intermediários tons de cinza misturados. Uma Brasília amarela também fez muito sucesso, na moda da cor chegou o Camaro amarelo. Brasília ou Camaro, apesar da fama ou do sucesso, não estão autorizados a estacionar sobre as calçadas, não dá para afolosar.

Uma pilha depois de muita propaganda e reclames, foi denominada e reconhecida na praça do comercio, como as amarelinhas. Chegou a pilha do gato e dividiu o mercado. E as antigas pinhas vão perdendo o mercado, a medida que aumentam as alcalinas, com o aumento de uma vida util. E novas pilhas com novos minerais, vão entrando no mercado.

Na cidade do Sol, que é de cor amarela, podemos encontrar amarelos em pares de jarros, com os seus diminutivos agalegados. Pequenos amarelos que tal como o Sol, procuram um abrigo ao anuncio das próximas chuvas, rápidas e intermitentes. Talvez seja possível encontra-los escondidos e imbiocados em abrigos, suas nuvens permanentes, ou amoitados em oitão. Quando encontrados aos pares estão sempre ocupados, com sorrisos amarelos, ao conversar lorotas com seus pariceiros, ou com celular preso nas oreias. Por vezes as pareias podem estar também ocupadas com seus rádios ligados, aguardado as novas ordens da estrela maior. Um sorriso amarelo para mostrar que estão QAP. A estrela maior de quinta grandeza, estrelando sistematicamente como estrela televisiva, em jornais regionais, anunciando impedimento e desvios, de ruas e avenidas.

Os pequenos amarelinhos quando solicitados a trabalhar, ou quando interrogados, usam as prerrogativas de parangolés e desculpas do serviço público em dizer; não estou em serviço ou não estou de plantão; não é a minha atividade e não é minha função; maiores esclarecimentos procure a coordenadoria, estou muito ocupado não posso dar atenção; meu chefão está de gabola em uma gravação, pois vai aparecer na televisão; o efetivo é pequeno, e estamos aguardando um edital ou uma licitação. E outros leros leros e lengas lengas lambusadas. É melhor lavar a burra do que lenhar-se.

Seguindo a ordem natural, dos amarelos, eles entram em extinção. E os pequenos amarelos da cidade amarela também vão se extinguindo, por pouco serem vistos, e não sendo atendidos pelo povo quando encontrados mal-humorados. O cidadão e o pedestre vão ficando com um sorriso amarelo ao exigir seus diretos de usar a calçada ou a passarela, e não encontrar um simples amarelinho para fazer cumprir e não dar trela. Reforçar as regras, e as leis que impeçam carros malamenhados sobre as calçadas; motociclistas e motos estacionados, e fugindo de um garguelo; e outros trens garapeiros, arengando quem anda de pé na calçada, com uma maçada.

É muita gastura. As ruas e calçadas estão um entojo, o nó da goiaba. O transito um nó cego torando dentro. E as pareia amarelas aguardando QSL, para começar a trabalhar.

Deixem de leseira e fiquem curiando, evitem QTA ao pegar o beco, escafedendo para não virar reeira estribuchada.

 

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 31/08/15

 

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural

 

 

Textos disponível em:

 

http://www.publikador.com/entretenimento/maracaja/2015/08/um-portal-entre-a-pinacoteca-e-a-biblioteca/

 

 
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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Natal, terra de cobras, serpentes e víboras


Natal, terra de cobras, serpentes e víboras

PDF453

A tal cidade. Na tal cidade. Natal, é terra de cobras, serpentes e víboras, nas artes e nas escritas. Com cobras, jacarés e um elefante. Cidade de Cascudo; cidade que já foi conhecida por ter um poeta em cada rua, e em cada esquina um jornal. Cidade de histórias enterradas em botijas.

A SPVA acaba de incorporar e receber um novo membro: Antoine de Saint-Exupéry, e o Pequeno Príncipe, agora fazem parte da Sociedade de Poetas Vivos e Aviadores. Sua obra passa para domínio público, podendo ser editada, manuseada e reinterpretada. E os poetas da SPVA, vivos como estão, não vão perder a oportunidade de fazer novas leituras, com novas interpretações e novas apresentações, baseados no texto de maior importância e leitura, a rentabilidade, o recorde de vendas: O Pequeno Príncipe.

Como piloto, Exupéry viu coisas que muitos não viram, e poderão continuar a não ver. Com seu avião do século passado, teve a oportunidade de voar baixo e descer em qualquer lugar, mesmo sem pista, fez até alguns pousos forçados, que lhe forçaram a tomar outros rumos e destinos. O que viu deve ter relatado com precisão, em seus relatórios de bordo e depois do pouso. Como escritor teve a oportunidade de confundir e embaralhar a cabeça do povo. Coisas de um tal de Zé Perry, que fez seu avião voar junto com a sua imaginação.

Viu uma enorme cobra que nasce em Cerro Corá e percorre o paquiderme norte-rio-grandense. E junto as praias de Natal, agora mostra os seus dentes. E os índios lhe deram o nome de Potengi. A serpente de Ceará Mirim, atravessou a lagoa de Extremoz, para vir descansar onde encontrou um Capim Macio. E pelas calçadas da cidade correm com passos lagarteantes, as víboras, que se esgueiram entre as fendas das paredes, por baixo de portas e portões. Com passos rápidos e baixa estatura não distinguem o que vem pela frente, e por muitas vezes são encontradas boiando dentro de alguma piscina.

Avistando por muitas vezes o Forte do Reis Magos, que um dia foi tomado pelos holandeses, Exupéry deve ter imaginado que naquele pequeno forte visto lá de cima, morava um pequeno príncipe. E como príncipe holandês poderia ser o Mauricio de Nassau, que passou pela ilha do Flamengo em Arês, e correu para Recife. E ainda tenta uma batalha educacional na avenida Roberto Freire. Disputa com o Estácio de Sá; e os americanos junto com os potiguares.

Em seus voos de lá para cá, e daqui para lá, deve ter avistado muitos baobás no território africano, e com seu pássaro de metal deve ter feito imigrar algumas sementes, tal como as aves que voam imigrantes de lá para cá, com os ventos. Avistou baobás em Nísia Floresta, e em Macaíba a caminho de Jundiaí. O baobá de Natal foi batizado como o baobá do poeta, é cuidado e preservado por um poeta e escritor, um historiador.

Lá do alto avistou um rio nascendo em Cerro Corá, serpenteando o paquiderme norte-rio-grandense, uma enorme cobra, ele deve ter imaginado, mas pequena de onde era avistada. Via o rio serpenteando e correndo. Como aviador e escritor não perdeu a oportunidade de fazer uma descrição com uma nova visão, uma nova interpretação. Com linguagem poética fez uma licença geográfica.

E inverteu a situação. O rio cobra que percorria por dentro do elefante, passou a ser em sua história um elefante dentro de uma cobra, ou um chapéu de retirante.

 

https://www.google.com.br/search?q=ponte+newton+navarro&biw=1366&bih=753&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0CAYQ_AUoAWoVChMIiK6tzdW3xwIVQxiQCh3kxQlI#imgrc=PSDiXjtFMrTXjM%3A


Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 20/08/15

Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 
Plataforma Lattes
 

Textos disponível em
http://www.publikador.com/cultura/maracaja/2015/08/natal-terra-de-cobras-serpentes-e-viboras/




Textos correlatos- Roberto Cardoso (Maracajá)

 

Zé Perry
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5311900

No Castelo de Nassau
http://www.publikador.com/resenhas/maracaja/2014/11/no-castelo-de-nassau/

A tal cidade ..
http://jornaldehoje.com.br/tal-cidade-roberto-cardoso/

Na tal cidade ..
http://jornaldehoje.com.br/natal-cidade-roberto-cardoso/

Batalha na avenida Roberto Freire
http://jornaldehoje.com.br/batalha-na-avenida-roberto-freire-roberto-cardoso-produtor-cultural-e-ativista-cultural-rcardoso277yahoo-com-br/

 

Outros textos: